sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O candidato brasileiro ao Oscar é...

...Salve Geral! Dirigido por Sérgio Rezende e estrelado por Andréa Beltrão, a história relembra os ataques do PCC em maio de 2006 na cidade de São Paulo deixando a população em pânico e a polícia frágil devido à escalada da violência. Nunca antes havia ocorrido algo parecido na capital paulista. No meio de toda essa catástrofe urbana, uma professora de piano tenta tirar seu filho adolescente da prisão.

No post anterior eu pretendi questionar a especulação opinativa em torno de um filme e endosso o que disse: nossos interesses pessoais sempre esbarram naquilo que nos é mostrado. Desde já me coloco novamente decepcionado com a atitude de produtores, críticos e exibidores de cinema brasileiros que justificam a base de nosso sistema atual valendo-se ora de violência e pobreza ora de aspectos televisivos para se criar comédia.

O trailer que você pode ver abaixo se parece com aqueles longas norte-americanos idealizados para transmissão direto na TV. Não tem emoção ou inventividade. Quanto ao filme fiquei em dúvida quanto à sua qualidade, mas infelizmente nada de novo acrescenta ao fatalista cinema nacional. Depois reclamam dos excessos mercadológicos de Hollywood...

Os indicados à 82ª edição do Oscar serão anunciados em 2 de fevereiro de 2010; a entrega dos prêmios da Academia ocorrem no dia 7 de março de 2010, no Kodak Theatre, em Los Angeles, com transmissão ao vivo para 200 países.


É possível opinar sobre um filme sem tê-lo visto?

Bem, TODO mundo faz isso. Eu fiz isso várias vezes e tenho certeza de que você também já fez o mesmo. É inevitável seja por não gostarmos de determinado ator ou diretor, seja por rejeitarmos tal estilo ou gênero. A situação se complica quando chegamos a excluir – ou excluir-se – a pessoas que gosta de algo avesso às nossas interpretações e ideais. Mas isso é outra história e fica para depois.

De qualquer forma, a indagação veio de duas maneiras em minha mente: a primeira oriunda de uma lembrança em que uma amiga elogiou um filme estrelado pelo fraco galãzinho Paul Walker – se me recordo fora No Rastro da Bala – e rapidamente o taxei de “policial menor”, ou “pérola para Sessão da Tarde”. Isso ocorreu há três anos e não vi a obra até hoje; porém continuo achando o mesmo e talvez nunca o veja.

O segundo motivo está no site Cinematical. Cada membro do site escreve sobre um filme que jamais assistirá e explica o porquê de não fazê-lo. No caso, li o artigo de Dawn Taylor sobre A Lista de Schindler. Segundo ela, as razões são tão pessoais que perdeu o interesse, além de relembrar momentos tristes de sua vida em 1993, mas o fator principal se deve ao próprio diretor Steven Spielberg que, segundo ela, foi “capegando” com o tempo e tornando-se enfadonho com adaptações de massacres e escravidão.

Dentre a maioria dos internautas que repudiaram tal tipo de coluna, destaco dois que rebateram este artigo especificamente:

Internauta 1
– Eu não gosto desse filme.
– Você o viu?
– Não, mas não gosto.

Internauta 2
– Você aprecia o gosto da urina?
– Não.
– Você já bebeu?
– Não, mas usei meus poderes de observação para deduzir que desde que sei de onde vem e não ligar muito para o cheiro, ao invés de beber mijo, eu posso ter uma Coca.
– Oh.
– Mas aí, provavelmente eu não começaria um novo segmento chamado “Por que eu não beberei mijo”. Pois, sabe, eu não trarei nada à tona.

O problema não é realmente o fato da pessoa não assistir tal filme, mas a tentativa de explicar o porquê de não vê-lo. As opiniões de ambos internautas de alguma forma estão corretas. Que diferença faz isso? Para onde ir com um assunto que não leva a lugar nenhum? O que estou fazendo ao tentar questionar este tipo de posicionamento? Afinal é possível opinar sobre um filme sem tê-lo visto?

A começar pela diferença, esta não existe mesmo porque sem julgamento sobre um assunto ao qual não se conhece, não há discussão, certo? Por sua vez, o assunto não vai adiante e felizmente morre. Agora, questiono porque além de ter participado deste tipo de situação inumeráveis vezes, uma grande parte das pessoas que vai às locadoras dependem desse posicionamento por parte do atendente. É uma relação de dependência. E, neste processo, sim é possível dar sua opinião sobre QUALQUER filme, até pornô – mesmo o funcionário sendo um puritano de carteirinha. Desculpem-nos clientes, mas vocês são todos tapados.

É questão de piloto automático. O atendente faz seu trabalho com dinamismo e assiduidade e, portanto, quase todos os filmes se tornam bons para simplesmente passar pelo crivo da clientela e ser alugado. Puro apelo mercadológico. Contudo, mesmo que tais opiniões declaradas sejam positivas, o diálogo acerca do produto não dura muito. E o funcionário toma cuidado para não avançar num terreno desconhecido, afinal ele não pode (e nem deve) assistir mais de 10% do acervo da loja.

Fora esse trabalho, eu não consigo visualizar motivos para opinar sobre um filme cujo enredo ou personagens passem sem uma observação atenta do espectador. Procede? Eis o ponto: como toda mercadoria – para os intelectuais, arte – deve haver algo que atraia o público; se o negócio não chama a atenção de determinada pessoa, é muito provável que esta tenha desprezado – inconsciente talvez. Milhares de reclamações foram feitas acerca do trailer de Avatar, que estreará em dezembro, mas dispostas por uma massa de gente que viu pela internet e perdeu (ou não quis) ver a versão em 3D e IMAX.

Isso é um exemplo. Na verdade, cada filme, livro, música, pintura, escultura, fotografia etc. tem como principal meta ser avaliado por alguém. Portanto, sem vê-los, sem senti-los não podemos impugná-los a nada. É uma pena que nosso gosto pessoal se estabeleça freneticamente ao libelo do conhecemos e de nossos ideais. Sempre perderemos algo o que exprime uma estranha sensação de que continuamente se requer um novo aprendizado. De maneira não muito favorável também defrontaremos com nossas escolhas para analisar tudo. Sendo assim, talvez nunca veja realmente No Rastro da Bala. Não que me importe com isso.

Blockbuster fechará lojas nos Estados Unidos

Peguei uma notícia do Vírgula sobre a Blockbuster: segundo consta, para a empresa se recolocar no mercado de home vídeo, ela pode fechar 960 unidades até o ano que vem. Não é muito surpreendente, a nós brasileiros esta vídeolocadora já deixou de existir há dois anos quando fora comprada pelas Lojas Americanas.

A Blockbuster deixou de ser um dos principais meios para se alugar filmes nos Estados Unidos, pois duela contra a cibernética Netfix e a rede de quiosques da Redbox, além claro dos downloads externos. Por enquanto a fuga das locadoras é grande em prol da comodidade da concorrência.

Fruto agressivo da escala industrial estadunidense, a Blockbuster tornou-se uma das maiores redes de locadora de filmes no mundo na década passada. Lembro-me de quando chegou ao Brasil em torno de 1994-95. Eles diziam que tinha de tudo em matéria de filmes e games, além de um bom atendimento e seu visual à lá supermercado.

Na época, a empresa bem que tentou praticar dumping contra grandes concorrentes nacionais – em São Paulo, tinha Vídeo Norte, Premiere Vídeo, 2001 e a falida Hobby Vídeo –, mas rapidamente foi obrigada a aumentar os preços da locação. Por sua vez, as rivais conseguiram se posicionar muito bem devido à fidelidade da clientela, algo que a Blockbuster pouco usufruiu devido ao seu imediatismo em larga escala em prol dos lançamentos do momento; depois se desfez de um catálogo mais completo e se firmou com os produtos “quentes”.

Além disso, houve as derradeiras inadimplências dos usuários e o excessivo de atraso das locações que causaram uma parcial fuga de clientes. Aquela fresta do quickdrop era prática demais, mas arruinou a empresa; e somente a rede norte-americana que possuía tal facilidade. Por isso que a rede Redbox tem obtido sucesso: muitas vezes as pessoas nem devolvem os filmes e fica por isso mesmo.

Hoje, a Blockbuster é um pedaço enfiado num canto de uma loja de conveniência. Apesar de obter sua lucratividade, está mais para um sonho enfadonho de domínio estrangeiro que já passou.

Atualização: neste ano de 2010 a empresa vai de mal a pior. Em março, a Agência Estado publicou a matéria Blockbuster alerta que pode pedir concordata; nas duas últimas semanas isso tem se intensificado o que pode acarretar em decreto de falência neste mês de setembro.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Henry Gibson: 1935-2009

Você conhece Henry Gibson? São tantos nomes que surgem na indústria cinematográfica que muitas vezes ninguém se lembra de alguns de seus mais característicos participantes. Olhando para a foto pode-se até lembrar quem é, mas o que ele fez...

Bem, ontem faleceu um dos grandes atores coadjuvantes norte-americanos com mais de 100 participações dentre eles poucos filmes e muitas séries. As mais recentes foram a dublagem de Bob Jenkins em O Rei do Pedaço e o juiz Clark Brown em Justiça Sem Limites (com William Shatner e James Spader), este seu último trabalho. Há ainda presenças marcadas em Mulher Maravilha, A Ilha da Fantasia, Star Trek: Deep Space Nine e Stargate SG-1, entre outros.

No cinema, iniciou a carreira num pequeno papel em O Professor Aloprado (1963) de Jerry Lewis. Mas os mais velhos se recordarão de excêntricos personagens como o líder nazista de Os Irmãos Cara-de-pau (1980) e o chefe de família que se instala na casa ao lado da de Tom Hanks em Meus Vizinhos são um Terror (1989). Outros trabalhos conhecidos são em Nashville (1973), Viagem Insólita (1987) e Magnólia (1999), além do bisonhamente bizarro O Monstro do Armário (1986).

Fica o registro a memória deste ator eclético que faleceu aos 73 anos em causas ainda desconhecidas.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Patrick Swayze: 1952-2009


Patrick Swayze sempre será lembrado pelos passos de Dirty Dancing, o fantasma amigo e enamorado de Ghost e o assaltante-esportista radical de Caçadores de Emoção. Estes são os representantes de seu estrelato internacional e o ápice de sua carreira. Nunca foi esquecido, mesmo trabalhando no cinema independente por tanto tempo quando, por vontade própria, escolheu ficar longe do mainstream hollywoodiano.

Mesmo durante essa “fuga”, não há como negar que havia falta de carisma. Isso ele transmitia a cada projeto apesar de poucos serem realmente memoráveis. O início da carreira foi onde fulguraram os mais combativos como em Vidas Sem Rumo e Amanhecer Violento. Pode-se dar valor às suas atuações, afinal dificilmente saíram inexpressivas ou superficiais.

Como citado anteriormente, conseguiu emocionar mulheres no mundo todo como Johnny Castle e Sam Wheat, e cativou os marmanjos com o canalha surfista Bodhi. Desde que levou à mídia sua luta contra um câncer no pâncreas, muita gente o apoiou – o mesmo caso de Farrah Fawcett. Tentou, mas não conseguiu ver uma cura para esta situação. Desta vez, dificilmente ele se corresponderá com a Whoopi Goldberg.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A mediocridade dos títulos de filmes

Existem nomes de filmes que simbolizam um descaso com a inteligência do espectador. Na verdade, há anos tais títulos envergonham o verdadeiro apreciador do cinema extraindo equivocadamente termos que nada condizem com o conteúdo da obra. Não é de hoje e não tem hora para acabar já que de tempos em tempos uma revista ou jornal bate neste ponto devido à falta de originalidade e desrespeito ao trabalho alheio.

Nesta sexta-feira, estréiam dois casos bem evidentes de títulos sem vergonha: Uma Prova de Amor e Falando Grego – um drama familiar e uma comédia romântica, respectivamente. Ambos poderiam ter nomes simples como “A Guardiã de Minha Irmã” (apesar da rima cafona) e “Minha Vida em Ruínas”, contudo as pessoas que criaram os títulos oficiais possuem a sabedoria levianamente limitada e, por isso, procuraram por meio de um apelo fácil chamar a atenção do público através de palavras-chave um tanto dissimuladas.

Vejamos o primeiro filme. A história se concentra numa garota adolescente que descobre a verdadeira faceta de sua existência: doar medula óssea à sua irmã mais velha que luta contra a leucemia. O embate se estabelece quando passa a questionar a atitude dos pais mesmo sendo uma espécie única estabelecida como “guardiã” de outra pessoa. Desta forma, o título Uma Prova de Amor mostra-se ilógico. Abranda o fato e o esconde do espectador sendo que no original My Sister’s Keeper a idéia proposta é escancarada; além disso, através de expor as palavras “prova” e “amor” evidencia-se um filme de claro caráter emotivo, mas que subtrai a análise de quem o assiste – em minha visão não existe qualquer prova de amor na história do livro, por exemplo.

Isto me lembra aquele filme cujo personagem era um pai com deficiência mental interpretado por Sean Penn que tentava obter a guarda da filha na justiça, Uma Lição de Amor. O nome original I Am Sam era simples e já até introduzia a apresentação do angustiado pai. No entanto, o estado de espírito do tradutor (ou marketeiro) falou mais forte e surgiu a tal “lição de amor” para estampar encartes e banners por aí. Engraçado que, com relação a outro filme do mesmo naipe, estendeu-se o título original Radio para Meu Nome é Rádio. Ambos não são dos mesmos produtores e sequer do mesmo estúdio, mas a incongruência aparece descaradamente.

Falando Grego é um caso à parte. Depois de Nia Vardalos atuar em Casamento Grego sua persona vinculou-se a ele como Christopher Reeve se fixou em Superman. Já trabalhei em locadora e nunca vi uma pessoa que tenha deixado de perguntar: “essa não é a atriz daquele filme do casamento?” Isso acontece com muitos atores em projetos memoráveis, mas a atriz e a obra se misturaram afinal o outro “grande” projeto dela foi o esquecível Connie & Carla. Ou seja, para o público reconhecer e lembrar quem é Nia Vardalos associaram Falando Grego com Casamento Grego. O fato de ser do mesmo gênero e constituir sintonia com a Grécia torna-se fatídica a associação. E, desta forma, perde-se o título original My Life in Ruins que quer se conectar a concepção da nação grega: uma vida fragmentada num país geográfica e historicamente fragmentado.

Não é por criticismo que escrevo com indignação sobre o assunto. Alguns títulos brasileiros conseguem se redimir mantendo no mínimo a essência do produto, outros de tão intraduzíveis ficam com o nome original. Porém sempre surge umas aberrações, principalmente entre os dramas e as comédias. É primordial que estes venham taxados com termos extremamente emotivas ou estupidamente idiotas – caso de O Som do Coração (August Rush, o nome do personagem principal) e Se Beber, Não Case! (The Hangover, ou “A Ressaca”).

Este tipo de ruína dos títulos assegura o aspecto marketeiro para a divulgação de filmes. Como existem coisas mais importantes na vida para se fazer (inclusive ler este texto), as pessoas pouco indagam e questionam. Está cada vez mais difícil de pensar em novos assuntos ou novas idéias; por isso, mastigam-se nomes, estilos, gêneros através de palavras-chave. O público os assiste por associações simples e, dependendo de um gosto particular, acaba se ferrando. Foram ignorados e, pior, sua capacidade de compreensão foi menosprezada.

Uma observação: Em Portugal, o título My Life in Ruins ficou exatamente como o original, A Minha Vida em Ruínas; The Hangover traduzido também ficou como A Ressaca.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Jeremy

Sempre vi o grunge como uma fúria silenciosa, aquela que não dá ultimatos e, depois de certo tempo, explode com tanta violência que não sabemos demonstrar onde estava o perigo inicial. Algumas vezes, esse estouro nem é externo, mas interno, o que replica até nas confusas circunstâncias da morte de Kurt Cobain. O suicídio passaria a se estabelecer como implosão de sentimentos e devaneios autodestrutivos.

Tendo esse tipo de representação introspectiva à lá big bang, a banda Pearl Jam lançou em 1991 o álbum Ten; nele havia canções pesadamente intrincadas e, mais tarde, bem sucedidas. Uma delas era Jeremy. Poucas canções conseguem buscar a biografia de alguém e dignificá-la numa melodia – um caso esplêndido é Hurricane, de Bob Dylan –, mais difícil ainda está no fato do personagem principal ser um garoto desiludido que se mata em sala de aula na frente de colegas. Sua vida pôde ser curta, mas seu ato ecoa no tempo.

No fato real, Jeremy Wade Delle é o próprio desespero enquanto vive sua juventude: quieto, praticamente sem amigos, supõe-se sofrer bullying. Ninguém lhe dá a mínima e ele resolve “satisfazer” a si mesmo através de um ato grandioso. Como o próprio vocalista Eddie Vedder explicou que a inspiração da música “veio de um pequeno parágrafo num jornal que significa você se matar, realizar um grande sacrifício e obter sua vingança. Tudo o que se pode conseguir no fim é um parágrafo no jornal.” Segundo Vedder, ele também teve um colega de escola que tentou uma espécie de reconhecimento com um tiro, mas este ato não matou ninguém.

A inspiração constou numa nota jornalística, mas Jeremy foi (e é) uma canção polêmica. Invariavelmente, diversos desses apelos juvenis tornam a surgir com os anos em todo o lugar. Em escala internacional pode-se considerar o caso da chacina em Columbine o maior – capaz até de Vedder dizer “De novo!” toda a vez que acontece isso. E essa atemporalidade da música que, em suma, precisava de um apelo visual.

O clipe não negligencia a letra, pois invoca uma análise, busca por respostas. Um garoto que enfia uma .357 Magnum na boca e explode sua cabeça na sala de aula não pode ser tratado com um espanto simplista. Este completamente ignorado pelos pais não consegue criar enraizamento social, pois não há estímulos. Jeremy equilibra-se diante de um abismo sem perspectivas nos subúrbios intolerantes aos esquecidos mais fracos. As imagens confrontam o desespero deste personagem, sua violência contida, suas más idéias com relação à própria vida.

O vocalista atribuiu o seguinte: “64º [Fahrenheit] e nublado em um bairro suburbano. Este é o início do vídeo e ao seu final. Nada muda. O mundo continua enquanto você foi embora. A melhor vingança é viver e provar a si mesmo sendo mais forte que aquelas pessoas. E então você pode voltar.” Ou seja, a polêmica atribuída não se vincula ao alerta (não intencional, talvez) que o Pearl Jam demonstrou, mas a incômoda situação de assistir uma pirotecnia visual sem atenção.


Se não funcionar, clique aqui.

Existe uma primeira versão deste clipe que a gravadora não aceitou. Realizado pelo fotógrafo Chris Cuffaro e de caráter independente, o vídeo é mais escuro e obviamente simples, contudo há neste trabalho uma ênfase interessante de isolamento profundo que pode evidenciar o caráter sinistro dos pensamentos de Jeremy.