sexta-feira, 7 de agosto de 2009

John Hughes: 1950-2009

Apesar de ter ocorrido ontem vi a notícia apenas hoje: John Hughes morreu de ataque cardíaco aos 59 anos. Muita gente nem vai saber quem o é homem assim pelo nome, mas ele foi um mestre em condicionar aos adolescentes um papel mais inteligente na vida mundana. Seus filmes são representativos para a geração dos anos 80 embora atraiam qualquer um a reprisá-los inumeráveis vezes só para sentir o gostinho da nostalgia juvenil.

De sua mente saíram obras carismáticas como Gatinhas e Gatões, Mulher Nota 1000, Esqueceram de Mim e A Garota de Rosa Shocking – os dois últimos apenas como roteirista. Fez seu público fiel se emocionar com Clube dos Cinco e literalmente torcer pelo passeio extravagante de Ferris Buller em Curtindo a Vida Adoidado. Ambos podem sim serem levados à definição de obras-primas. Talvez nem Kubrick, Scorsese, Bergman, Godard ou até mesmo Spielberg capturassem o espírito adolescente daquela forma tão singela e explosiva sem perder a inocência da situação ou do diálogo.

Nesses últimos anos, John Hughes distanciou-se do cinema. Seu último filme como diretor foi lançado em 1991 (Curley Sue: A Malandrinha); o roteiro final veio Meu Nome é Taylor, Drillbit Taylor, com Owen Wilson em 2007. Um expoente do cinema que cresceu, mas nunca deixou de compreender a juventude, que, às vezes, é mesmo uma rebelde sem causa.

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